Em seus primeiros 100 dias de mandato, deputado Gilson Marques afirma que vai liderar pelo exemplo
Este sábado (11) marca os primeiros 100 dias de mandato dos parlamentares da 56ª legislatura da Câmara dos Deputados e o parlamentar Gilson Marques (NOVO-SC), em sua estreia na Câmara, já coleciona destaques entre seus pares, em especial na austeridade.
Marques foi o primeiro deputado federal de Santa Catarina a renunciar a todos os privilégios concedidos pelo Congresso, como a aposentadoria especial, o auxílio-saúde ilimitado e o auxílio-mudança. Gilson também abriu mão do auxílio-moradia e do apartamento funcional, pagando, como todo brasileiro, seu aluguel com o próprio salário.
Sua equipe na Câmara é enxuta. Apenas 6 das 25 vagas para assessores foram preenchidas – e o número não deve aumentar. Ao longo de 4 anos, o mandato de Marques economizará mais de 4 milhões de reais do pagador de impostos. Se todos os deputados seguissem o seu exemplo, mais de 2 bilhões de reais seriam economizados.
Economia parlamentar transparente
Para dar mais transparência a seus gastos, o parlamentar criou em seu site o Economizômetro. A ferramenta permite a qualquer cidadão ver o quanto o seu gabinete economizou das verbas disponíveis para o mandato, contabilizando inclusive os reflexos sobre salários que são pagos pela Câmara e que não aparecem no Portal da Transparência (13º, férias etc). Nos primeiros 100 dias de mandato, o parlamentar conseguiu economizar mais de 80% da sua cota parlamentar.
“Uma das prioridades do meu mandato é cuidar para que o dinheiro do pagador de impostos seja valorizado. Quero provar que é possível fazer um bom trabalho parlamentar, sem gastar tanto dinheiro.”
Pacto “Roubativo”
Em discurso no plenário da Câmara, Gilson Marques subiu na tribuna e denunciou o pacto federativo brasileiro. Para ele, o pacto deveria chamar-se “roubativo”, já que Santa Catarina recebe de volta apenas 2,41% dos R$ 50 bilhões que arrecada anualmente em impostos.
Este mesmo discurso, deu visibilidade ao parlamentar nas redes sociais ao afirmar que “sempre quis subir aqui na tribuna e dizer que imposto é roubo. Imposto é roubo sim!”. A afirmação gerou repercussão positiva para o deputado entre seus eleitores.
Estilo combativo na CCJ
Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da casa e onde é membro titular, Gilson Marques chegou a ser vaiado por seus colegas ao afirmar que as emendas parlamentares são utilizadas para chantagem eleitoral e também quando relatou o valor médio das aposentadorias dos políticos.
O estilo combativo também esteve presente quando cobrou publicamente a dívida de 10 milhões de reais que o Partido dos Trabalhadores (PT) tem com o INSS, em resposta à presidente da sigla.
Sempre em defesa da Reforma da Previdência, Marques foi aplaudido ao citar a frase do político e intelectual Roberto Campos, “Por amor ao passado, o Brasil perdeu o presente e comprometeu o futuro. (…) Está na hora de arrumarmos o presente. É nossa responsabilidade fazer isso para não comprometer o futuro e, portanto, eu e o partido NOVO votamos sim.”
#FimDaFarraDaLagosta
Em mais uma demonstração de responsabilidade com o dinheiro público, Gilson Marques chega a 100 dias de mandato assinando a autoria da EMP 65/2019 (emenda ao PL 1292/96, a nova Lei de Licitações). Através da emenda aditiva, o deputado quer vedar a aquisição de itens de luxo pela Administração Pública.
Esta proposta surgiu após repercussão de notícias de licitação do Supremo Tribunal Federal (STF), no valor de mais de R$ 1 milhão, para compra de lagostas, camarões e outros itens, como vinhos premiados e uísques.
Marques afirma que a aquisição de itens de luxo tem se tornado corriqueira, em especial alimentos e bebidas. “Isso contraria o princípio da eficiência da Administração Pública, em que os gastos devem ser geridos de maneira efetiva, alcançando resultados com o menor dispêndio possível.”
A EMP 65/2019, emenda da “farra da lagosta”, como tem sido chamada, será votada em plenário junto com a nova Lei de Licitações, assim que for pautada pelo presidente da casa, Rodrigo Maia.
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