Olá, caros catarinenses.
Hoje o motivo da nossa conversa é o auxílio-mudança. Pra quem não sabe, todos os deputados federais têm direito a receber o valor correspondente a um salário, atualmente 33 mil reais, no início de seu mandato e depois, novamente, no final, a título de mudança. Então quem é reeleito recebe duas vezes: uma quando termina o mandato e outra quando inicia o novo mandato. Então, 66 mil reais, em caso de deputados reeleitos.
Eu, particularmente, optei por renunciar a esta verba, assim como também renunciei ao auxílio-moradia, ao apartamento funcional e a aposentadoria especial parlamentar, pois considero isso um abuso, principalmente o auxílio-mudança. Não tem porque alguém receber este valor sem precisar prestar conta, num país em que se passa, talvez, a maior crise da história. Não faz sentido termos que contribuir tanto para custear mudança, ou qualquer outro benefício e mordomia de político, enquanto falta remédio, falta material escolar e enquanto tem gente morrendo em fila de hospital.
É um valor considerável, são milhões de reais, já que são 513 deputados federais e 81 senadores, dinheiro que faz muita falta, para tanta coisa que é preciso realmente.
Há quem diga que é pouco dinheiro, mas não. É MUITO dinheiro. Mas mesmo que fosse pouco, não justifica. Há uma frase de Benjamin Franklin que cabe citar aqui: “é com os pequenos vazamentos que o navio afunda”.
Nós precisamos cortar despesas na própria carne para exigir estes mesmos cortes de outros políticos, pois somente reduzindo estes gastos é que vamos precisar de menos impostos pra sustentar toda esta estrutura.
É muito ruim a postura dos parlamentares que não renunciaram a esta verba, pois ela é imoral. Certamente cada um deles tem diversos motivos para justificar o recebimento deste valor, mas o que deve ser entendido não é o que é melhor para cada eleito e sim para os seus eleitores.
Por isso torcemos e contamos com a ajuda da população para que cobre todos os parlamentares a renunciarem esta verba. A nova política é assim.
Muito obrigado e contem comigo.
Gilson Marques
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