Atualmente, no Brasil, a falta de coordenação e entendimento prejudica a todos.

Muitos debatem sobre o que é mais importante: vida ou economia. Existe uma torcida para cada lado, como se isso fosse um cabo de guerra.

Na verdade, falar de economia é falar de vida e vice-versa.

Se não há economia, se não temos uma roda girando, todos perdem dinheiro e, sem ganhar dinheiro, reduz-se a expectativa de vida, não se curam doenças, há aumento de criminalidade.

Em todos os países, a criminalidade é diretamente proporcional à miséria.

Se o PIB brasileiro reduzir 5%, como se espera (e eu acho que vai ser muito mais), um bloco gigantesco de pessoas será empurrado para baixo, para a miséria e para a extrema pobreza.

Todos vão cada vez mais pra baixo e cria-se uma série de problemas que comprometem a vida também.

E não adianta comparar o Brasil com países cuja renda mensal média é três vezes maior à nossa, ou cuja extensão territorial é muito menor ou ainda cujo clima é totalmente diferente.

Aqui, nós vamos sofrer sim os impactos dessa falta de racionalidade e de entendimento. Já estamos colhendo os frutos ruins dessa má administração econômica.

Apenas em Santa Catarina, houve uma perda de mais de R$ 1 bilhão na arrecadação. Eu pergunto: quantos respiradores e quantas UTIs poderíamos ter comprado?

Então, economia é vida sim. Esse valor poderia nos permitir estruturar ainda mais nosso sistema de saúde.

Esse paradigma “vida x economia” vai fazer o Brasil inteiro andar alguns anos pra trás. Por exemplo: toda a economia que vai ser gerada pela Reforma da Previdência em 10 anos, o Congresso comprometeu através de auxílios e benefícios, em apenas 3 semanas!

Sempre que se beneficia um local, um setor ou uma categoria, independente do motivo, estamos passando a conta pra frente. E essa conta gigantesca da pandemia será repassada para os nossos filhos e netos pagarem a juros caríssimos.

Precisamos tocar a vida pra frente para reduzir os efeitos desse baque econômico e melhorar a vida das pessoas.